quinta-feira, 5 de março de 2015

Relatividades.





Minha imensidão é preenchida por grandes vazios.
Vazios galácticos, astronomicamente incalculáveis, absurdamente inocentes dentro da minha noção de tempo e espaço.
Na tentativa de efetivar a teoria da tentativa e erro, vou tentando completar o limbo da minha alma com vazios ainda maiores: Pessoas vazias, sentimentos vazios, objetivos vazios, vontades vazias.
Nessa matemática demente eu vou destruindo minha capacidade de sonhar.
Os pesadelos se tornaram a realidade que eu quis evitar a qualquer custo.
E nessa odisséia viciosa de alimentar meus medos disfarçados de coragem, criei um leão indomável.
Não existem mais jaulas ou força humana que consigam conter a voz silenciosa da minha consciência atormentada.
Com medo da luz da verdade, me tornei um completo covarde.
E tentando me defender dos meus próprios atos, acabei esfacelando minha própria essência.
Sou um menino de alma desfigurada, tentando soltar as amarras que me prender ao fundo desse oceano de sombras e subir à superfície para respirar aquilo que tenho direito (embora, no fundo do inconsciente, não acredite ser merecedor): Felicidade.